Depois de conhecermos construções e monumentos fabulosos de adobe lá no Iêmen, depois lá no Peru e lá na cidade de Taos Pueblo nos States e para o Mali voamos direto para o planalto central do Brasil, na Cidade de Nova Goiás, para ver a casa de Aninha, mais conhecida como Cora Coralina, a nossa grande, amada e saudosa poetisa.
Aproveito aqui para fazer também a minha homenagem pessoal, à essa mulher incrível que permanece viva através de sua linda história de vida e que completaria hoje, dia 20 de Agosto de 2011, 122 anos de idade.
Parabéns querida Aninha/Cora Coralina pelo seu aniversário!!!
Janelas da casa que viveu Cora Coralina, em estilo colonial, construída com adobe |
A casa, construída por volta de 1782, tem alicerces de pedras, estrutura de madeira e alvenarias de adobe e taipa de mão e pisos revestidos de tabuado de madeira corrida, lajotas de pedras ou tijolos de barro queimado.
Quarto de Cora Coralina mantido exatamente como quando ela aí vivia. |
Cora, que nasceu Ana Lins dos Guimarães Peixoto em 20 de Agosto de 1889, viveu até 10 de Abril de 1985 e teve seu primeiro livro publicado em 1965, quando ela já tinha 75 anos!!!
Além de contista era também uma tremenda quituteira.
Após o falecimento da escritora, a casa foi adquirida pela prefeitura e transformada em museu permanente, mantendo-se a exata ambientação de quando Cora Coralina ainda era viva
Após o falecimento da escritora, a casa foi adquirida pela prefeitura e transformada em museu permanente, mantendo-se a exata ambientação de quando Cora Coralina ainda era viva
Cora, a quituteira de mão cheia em plena atividade no fogão de lenha de sua cozinha! |
Para fazer o doce de abóbora original de Cora, é só seguir essa receita aqui. |
Encerrando a nossa viagem pelo mundo, conhecendo construções formidáveis de adobe e em homenagem coloco aqui um dos poemas mais conhecidos de Cora:
Meu epitáfio
Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Depois da última enchente em 2001, a cidade foi tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade e vale muito a pena um prolongada visita à Cidade!!!
Um comentário:
Que beleza de matéria. Tudo, no final, se encontra. Olhando, entendendo o que explicas de adobe, e no final deste domindo a lindeza de homenagem à Cora Coralina. Gostei tanto.
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